Primeiramente, tenho que lhe agradecer por motivar a primeira publicação de 2012. Já que me fez uma pergunta direta, nada mais justo do que responder.
Saudade de ser poeta marca o princípio do meu fim. Se observar o blog, irá perceber que após essa poesia não houve mais nenhuma produção que valesse a pena ter sido publicada – exceção ao texto de abril/2011, no qual eu estava sob efeito de forte emoção e há 48 horas sem dormir, o que certamente me levou a uma esfera mais elevada da minha mente.
O texto de abril de 2011, além de ser a única exceção ao exposto acima, certamente marca o ponto final do que “Saudade de ser poeta” foi o ponto de partida.
Perdi a crença no mundo, perdi a crença no ser humano, perdi a crença no amor. Ainda tenho umas boas pessoas em um círculo social pequeno que fazem com que eu me sinta culpada por proferir palavras tão agressivas.
A sociedade humana, para mim, é uma grande decepção. Qualquer palavra criticando essa sociedade – que é eu costumava produzir – é em vão. Nada muda, nem na sociedade, nem no Universo. As mudanças que tivemos ao longo de nossa história foram motivadas pelo dinheiro, e não pela evolução da espécie. Aliás, santa blasfêmia a nossa se autodenominar os seres mais evoluídos do planeta!
Tenho saudade não necessariamente de ser poeta, mas sim, do tempo em que eu acreditava que atitudes, ideologias, crenças e sonhos, valiam a pena.
Esse blog leva em seu nome a expressão que um grande amigo criou para mim. É a frase que eu gostaria de ter gravada na minha lápide. Quando lancei o blog, eu pensava “poxa, essa frase está no passado, parece até que eu já morri”. Bem, nesse momento, o título do blog descreve exatamente o que eu sou agora: a garota que sonhava.
Eu morri! Os mortos não sonham.
“Esse é meu mundo. Essa sou eu. E muitas vezes, isso dói. Mas se eu acordar para realidade, não sei se conseguirei continuar respirando. Porque, se não for para ser assim, intenso, de coração aberto e sempre voltando suas ações para aquilo que é nobre, se não for para ser assim, não acredito que valha a pena ser”. (trecho final do texto de abril/2011 – infelizmente, eu acordei)
Marina Casadei
1) Não queria que este texto tivesse saído assim, tão melancólico, mas não consegui melhorar ele – desculpe se isso te desaponta;
2) Eu gostei da poesia de Pablo Neruda. Não a conhecia até recebê-la de você - mais uma vez, obrigada. Mas dada as circunstâncias acima descritas, ela não me tocou. Seu desafio direto surtil mais efeito. Quem sabe, a longo prazo e após refletir um pouco mais sobre o assunto, eu consiga atender às suas expectativas.
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Perdoe-me e obrigada(o)*!
ResponderExcluirPeço desculpas porque não honrei a minha palavra quando disse que retornaria ao teu blog no mesmo dia da semana e horário para conferir se haveria ou não algum feedback seu. Pode parecer bobagem mas as palavras e compromissos, por mais informais ou longe de obrigações que sejam, ainda assim devem ser honrados e eu falhei...Por isso, devo me dirigir à você com um pedido de desculpas imediato.
Obrigada(o) por dedicar um tempo para ler e escrever sobre minha postagem, meu ceticismo estava falando um pouco mais alto e confesso que não tinha esperança de encontrar algo publicado.
Por outro lado, antes de entrar no blog por completo, após digitar cada letra da URL até o .com, admito que respirei fundo e pensei: "provavelmente não haverá resposta alguma, que diferença pode ter feito a minha mensagem, mas e se houver resposta, o que eu vou fazer? Tenho condições de responder a altura?". Enfim, eu não tive tempo de pensar nas respostas para as minhas próprias perguntas, simplesmente deixei a página carregar...e tão grande foi a minha surpresa que, você não somente respondeu como também criou um post novo que, cronologicamente fica exibido na homepage, o que era uma coisa que eu não esperava mesmo, o máximo da minha humilde expectativa era enxergar uma resposta no post de agosto de 2010!!!
Até o momento ainda me questiono se tenho condições de seguir com essas mensagens, não que eu me considere inferior mas te sinto tão diferente das milhares de pessoas que convivo no dia-a-dia que receio desapontá-la com as minhas palavras tão simplistas.
[parte 1]
Coincidentemente ou não, vivo um momento estranho, momento esse que a ciência não tem conseguido explicar (a saber, sou de exatas então já da para ter uma ideia de que coisas sem sentido racional não caem bem para mim), situações, discussões e sentimentos andam surgindo com alta freqüência e em níveis de complexidade altos, questionamentos sobre o amor, sobre a saudade, sobre a banalização de muitas palavras e sentimentos importantes, sobre a sorte, a existência ou não dela, sobre a conexão das coisas e do universo, enfim, nada espiritual ou que envolva astrologia mas questionamentos legítimos sobre como as pessoas podem ser tocadas e ter suas vidas alinhadas ou desviadas por razões inesperadas. Te fazer pensar em voltar a escrever, por exemplo, não quer dizer que você irá fazê-lo mas só de refletir sobre, já é algo que pode mudar o curso da história. E será que estava em algum plano eu simplesmente aparecer, dedicar uma poesia para ti, te desafiar (como vc diz) e te fazer desabafar sobre o seu momento e o melhor, será possível mesmo, que isso tenha sido uma nova sementinha a crescer dentro de ti?(muito otimismo para uma pessoa que não te conhece verdadeiramente né? Mas uma pessoa com esperança e que acredita que isso pode acontecer...)
ResponderExcluirEnfim, não sei a razão de estar te contando tudo isso, possivelmente você não deve ter entendido muita coisa da minha confusa explanação do que eu mesmo(a)* não entendo.
[parte 2]
Bem, me resta ainda um questionando para ti, a mulher determinada que não se atemoriza diante do que precisa enfrentar, que se entrega, ainda está viva?
ResponderExcluir"Eu sou a mulher determinada que não tem medo de enfrentar o que quer que seja. E eu me entrego. Eu me entrego a pessoas, eu me entrego a momentos, eu me entrego a vida. Porque pra mim, uma vida bem vivida é feita de entregas." (abrIl 2011)
Desejo que este não seja o último contato mas entenderei se não houver tempo nem interesse em continuar.
Fico feliz que tenha gostado da poesia apesar não ter sido tocada por ela, fico feliz que algo tenha despertado o seu senso de desafio.
Pode não significar nada para você mas preciso dizer, vou dormir bem em saber que ainda existem pessoas que apreciam as boas palavras de um sábio como Neruda e que, de alguma forma, em algum tempo mesmo que no passado, usou das palavras para se manifestar, para desabafar, para citar tão perfeitamente Renato Russo ou outros autores de frases fantásticas e que já me fez rir e ficar pensativa(o)* ao ler cada post.
#ficaDica: quando tiver um tempo e se houver interesse acho que vale a pena assistir um filme chamado Tuesdays with Morrie.
Hoje, meu abraço e boa noite vai para apenas uma pessoa: Marina Casadei.
*porque vou permanecer no anonimato
[final]
Não importa o que aconteça, a única verdade que tenho é que: valeu a pena!
ResponderExcluirValeu a pena me expor, valeu a pena o risco, valeu a pena cada minuto esperando resposta.. tenho certeza que algo já está plantado, se haverá flores é só uma questão de tempo..o processo pode ser rápido como pode levar anos mas o primeiro passo foi dado.
Meu otimismo te assusta, me torna prepotente mas eu não ligo, minha certeza é que, você e sua mente valem a pena!
Até mais.