Hoje comecei meu momento escrito rasgando a página do caderno dizendo “já era, quando uma idéia passa, uma idéia passa” .
Isso porque essa página continha anotações para um conto que eu não tive tempo de escrever. Talvez ficasse bom, talvez fosse uma droga. Costumo gostar de cerca de ¼ daquilo que escrevo.
As vezes, parece que a idéia tem seu tempo certo de maturação. Se nasce antes do tempo, não aflora e morre por falta de conteúdo. Se passa do ponto, nunca mais volta. Como o vento mais sublime que sopra, ou como a água que derramamos no chão, ou como amores de verão que deixamos de viver e nunca mais reencontramos.
É muito clichê falar da vida como Carpe Diem. Mas a verdade é que nada volta. Ao mesmo tempo, não podemos permitir que esse axioma torne nossa vida fútil.
O tempo não é uma esfera que dá voltas, mas sim, uma reta infinda e sem segunda dimensão e é por isso que qualquer estudo sobre universos paralelos é inútil.
Eu só me arrependo das lágrimas que deixei de derramar.
Marina Casadei
Nenhum comentário:
Postar um comentário