Em meu primeiro estágio, há quatro anos atrás, me acostumei a ouvir meu chefe dizer que estamos na Era do Conhecimento e que conhecimento poderia ser entendido como o resultado da informação internalizada em conjunto com a experiência do indivíduo.
Ao longo da minha carreira universitária, fiz desse conceito o meu principal valor: enxerguei em cada aula a oportunidade de aprender algo novo de mão beijada, cada seminário como a chance única de treinar minha habilidade de comunicação e cada pesquisa como um presente que me permitia agregar valor a mim. Eu vivi intensamente cada gráfico, cada texto, cada apresentação em PowerPoint que eu construí.
E em meus estágios não foi diferente: em cada tarefa delegada via oportunidade de transformar o meio ao meu redor, otimizar, melhorar a qualidade e destruir barreiras. E não posso negar que sempre fui reconhecida pelos meus superiores como uma profissional de alto potencial e cheia de vontade.
Procurei estagiar em diferentes empresas. Públicas, privadas, multinacionais de várias origens, exercendo funções diferentes em áreas diferentes. A razão de tanta variedade era principalmente a busca pelo novo, por tarefas que me trouxessem mais conhecimento e me dessem a chance de agregar mais valor àquele meio. Quando percebia que esses precedentes haviam se esgotado, sabia que era hora de mudar de novo. Afinal, estávamos na Era do Conhecimento.
Mas a verdade é que meu primeiro chefe se enganou! Nós estamos na Era dos Títulos. Uma Era em que o importante são os títulos que você carrega, tais como o nome de sua faculdade, seus cursos extra-curriculares, o nome do cargo que você ocupou independente do que realmente fazia, o tempo de experiência, independente do valor que você agregou ao meio ou a si mesmo.
Ao longo da minha carreira universitária, fiz desse conceito o meu principal valor: enxerguei em cada aula a oportunidade de aprender algo novo de mão beijada, cada seminário como a chance única de treinar minha habilidade de comunicação e cada pesquisa como um presente que me permitia agregar valor a mim. Eu vivi intensamente cada gráfico, cada texto, cada apresentação em PowerPoint que eu construí.
E em meus estágios não foi diferente: em cada tarefa delegada via oportunidade de transformar o meio ao meu redor, otimizar, melhorar a qualidade e destruir barreiras. E não posso negar que sempre fui reconhecida pelos meus superiores como uma profissional de alto potencial e cheia de vontade.
Procurei estagiar em diferentes empresas. Públicas, privadas, multinacionais de várias origens, exercendo funções diferentes em áreas diferentes. A razão de tanta variedade era principalmente a busca pelo novo, por tarefas que me trouxessem mais conhecimento e me dessem a chance de agregar mais valor àquele meio. Quando percebia que esses precedentes haviam se esgotado, sabia que era hora de mudar de novo. Afinal, estávamos na Era do Conhecimento.
Mas a verdade é que meu primeiro chefe se enganou! Nós estamos na Era dos Títulos. Uma Era em que o importante são os títulos que você carrega, tais como o nome de sua faculdade, seus cursos extra-curriculares, o nome do cargo que você ocupou independente do que realmente fazia, o tempo de experiência, independente do valor que você agregou ao meio ou a si mesmo.
E por experiência própria posso garantir que é muito difícil fazer as duas coisas ao mesmo: agregar títulos e conhecimento, pois o conhecimento que cada título tem a oferecer é limitado e eu não podia parar frente a essa limitação.
O resultado disso é que hoje me sinto fora da sociedade trabalhista. Meu currículo não possui os títulos exigidos pelo mercado e meus valores assustam os níveis gerenciais. Além disso, existe a questão emocional, que me impede de me atirar de cabeça na Era dos Títulos.
Eh, Eugenio*! Parece que eu fiz a escolha errada.
Se você ler essa declaração, quero aproveitar para desejar ainda mais sucesso à sua carreira. Assim, quando você persuadir 50% mais 1 dos executivos do Brasil, eu poderei olhar para trás e dizer com todo o orgulho e respeito do mundo: obrigada por ter arruinado minha vida primeiro.
Marina Casadei
Universitária
*Eugenio: professor-doutor respeitadíssimo em consultoria de empresas, principamente na área de Recursos Humanos (Eugenio Mussak)
Nossa Ma, fiquei mega surpreso ao saber que tinha blog, mais ainda com o nome dele, e mais ainda em como vc está escrevendo maravilhosamente bem e com um quê de psicóloga!!! Sobre seus pensamentos vc está coberta de razão, mas não creio que uma leve decepção possa levar vc a achar que não tem curriculum necessário para essa era! Até porque, quem passou pelo Aprígio tem o melhor título que alguém pode ter: OBJETIVO!! TE AMO!
ResponderExcluirJá ouvi isso antes...e de varias maneiras...
ResponderExcluirMesmo assim, ainda Me assusta vc estar preocupada com titulos.
Sempre estivemos na era do titulos!
"fora da sociedade trabalhista"
Triste! Essa ñ é a garota que anda comigo!
Acho que estou vivendo mais ou menos a mesma coisa que voce. Valores que nao condizem. Prefiro pensar que assim como Titulos nao dizem muito, o conhecimento tambem nao. Gostaria de viver na Era da Sabedoria. Essa sim me faz falta...
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